Bom sim ele é o mesmo que apareceu no Fantástico do dia 30 de Maio do ano de 2004.
Bom o vídeo com a reportagem estou em busca mas logo mais vamos tentar coloca-lo aqui, porem temos a transcrição da reportagem que você podem conferir abaixo ou no próprio site do Fantástico clicando AQUI.
Erly Silva adorava brincar e correr nas ruas da pequena Tupaciguara, a 60 Km de Uberlândia, Minas Gerais. Em janeiro de 1997, aos dois anos, o menino precisou ser operado de uma hérnia na virilha.
Entrou andando no hospital e saiu de lá tetraplégico. Hoje, aos nove anos, Erly não anda e não fala. Vai passar o resto da vida numa cadeira de rodas por causa de um erro médico.
“Ele podia estar andando, conversando, estudando...”, lamenta dona Sebastiana Silva, mãe de Erly.
Mas o que aconteceu na sala de cirurgia durante a operação de Erly? Depois de um longo processo, a Justiça concluiu que o menino teve uma rejeição à anestesia. Mas o anestesista não estava por perto para socorrê-lo. Uma enfermeira do hospital contou que o médico saia da sala com freqüência. Chegou a atender o telefone por umas três vezes e não permaneceu o tempo todo ao lado do menino como deveria.
“A obrigação era permanecer em tempo integral, acompanhando a cirurgia”, diz o juiz Abenias de Oliveira
A reação causou lesões cerebrais irreversíveis em Erly. Interrogado, o anestesista Gilberto Lopes da Silva disse que acidentes como este são imprevisíveis e atribuiu o problema com Erly a algum medicamento utilizado durante a anestesia. Só não explicou porque deixou a sala de cirurgia diversas vezes para atender o celular.
O médico trabalhou um ano e meio em Tupaciguara. Três meses depois da cirurgia de Erly, ao saber que ia ser processado pela família da criança, o anestesista sumiu e nunca mais foi visto na cidade.
Gilberto Lopes da Silva e o hospital foram condenados em maio de 2002 a pagar uma indenização de R$ 72 mil à família de Erly. Até hoje ela não recebeu nada.
Também foi determinado pela Justiça o pagamento de uma pensão no valor de quatro salários mínimos ao menino para o resto da vida, sendo dois terços desse total de responsabilidade do médico e o restante do hospital.
Antes da condenação, a única contribuição dada pelo hospital a Erly foi um cheque de R$ 30, em 98.
“As vezes chega a faltar comida em casa”, conta o tio do menino.
Para garantir o pagamento da indenização à família de Erly, a Justiça determinou a penhora do prédio do hospital. E ordenou que o valor da pensão vitalícia seja retirado, a partir de agora, da verba que a casa de saúde recebe todo mês do SUS.
No fim de março, a mãe de Erly recebeu o primeiro pagamento do hospital referente a dois meses de pensão: R$ 640.
A casa de saúde foi vendida há quase dois anos, mas a nova administração teve que assumir a dívida e diz que vai cobrar da ex-proprietária.
“Está no contrato que as coisas passadas não são de responsabilidade dos atuais proprietários”, diz a administradora do hospital, Cristiane Kelly Martins.
A dona do hospital era ex-prefeita da cidade, Maria Helena Oliveira.
“Nós vamos arcar com a sentença, que determinou o pagamento de 1/3 da pensão”, diz Maria Helena.
Só resta agora definir como e quando a família de Erly vai receber a indenização do hospital.
Mas e o médico? Segundo o juiz, a estratégia de Gilberto Silva tem sido trocar de cidade várias vezes por ano para escapar das intimações judiciais.
Depois de quase dois meses à procura de pistas que pudessem levar ao médico Gilberto Lopes da Silva, esta semana, a equipe do Fantástico conseguiu localizá-lo.
O anestesista mora neste prédio, no município de João Pinheiro, também em Minas Gerais, há quase 500 Km da cidade de Erly. Está trabalhando normalmente.
Gilberto tem dois empregos: um num hospital particular e o outro numa clínica, da Prefeitura. O médico não quis falar sobre o caso Erly e chutou a equipe de reportagem.
Sete anos depois, Erly e sua família ainda esperam por justiça.
“Queria ver o Erly andando. Não queria ver esse dinheiro nunca. Queria ver ele correndo, conversando”, conta a mãe de Erly, dona Sebastiana.
O passado de um homem reflete seu ego.
Mas tem um bosrdão popular que é mais conhecido:
" O SEU PASSADO TE CONDENA."
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